terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

3. jazz

Gostas do som do trompete?
Tocarias para mim?
Por que não? Tocaria um blues lento. E mandar-te-ia fazer um strip à minha frente.
Fá-lo-ia se gostasse da música.
Ias gostar.
E depois?
Mandava-te ficar com os sapatos. Saltos altos, evidentemente.
Evidentemente.
Nua diante de mim, só com os sapatos. E eu tocaria para ti o melhor blues de que sou capaz. Depois pegava num cigarro e fazia-te sinal para te sentares à minha frente. Mandava-te afastar os joelhos. Pegava no bocal do trompete e metia-to na rata. E beijava-te.
Diz mais. Por favor.
Então retirava o bocal da tua rata e começava a tocar outra vez. Enquanto eu tocava bluesy tu tinhas de me abrir as calças e chupar. Eu continuava a tocar. Ao fim de um bocado eu parava de tocar e tu paravas de chupar. Eu então deitava-me de costas e mandava-te sentar em cima de mim, de forma a enterrares-te toda em mim. Começavas a foder e eu tocava e tu fodias ao ritmo da música.
Sim.
Fá-lo-ias? Mesmo quando as pessoas começassem a aparecer, atraídas pelo som?
Eles que vejam apenas as nossas sombras. Deixa a gente ordinária sofrer.
Eu tocava e tu enterravas-te em mim ao ritmo da música até te vires. Então saías de cima de mim e eu voltava a tirar o bocal do trompete e punha-to na boca. Tu ajoelhavas-te diante de mim, boca levantada, o bocal preso nos teus lábios. E eu vinha-me para o bocal.

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